Quando cheguei ela ainda lá estava… no lugar onde a havia deixado desde o meu último rasgo de inspiração (que curiosamente foi no ano passado). A caixa estava baça, com o tempo e as tintas, encavalitadas, esperavam ansiosamente para sair cá para fora…
Já me tinha esquecido a sensação que tinha ao fazer o pincel percorrer a tela de lés a lés. Cada pincelada leva algum desassossego, que ao material que pinto fica firme e por lá permanece esquecido e apagado por detrás de todas as cores e sombreados.
Os retoques, os pormenores, as sombras, a profundidade, esborratar com o dedo levemente para dissipar a cor e misturar na outra, respeitar os limites, não tremer a mão nos traços que requerem mais firmeza… como me podia ter esquecido da sensação de leveza?
A caixa deixei-a onde estava… “talvez já só nos devemos ver pró ano” – pensei.
1 comentário:
ola querida...gostei mto da mensagem...e da imagemmm...copiei ta?
bjus
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