"Não, não é cansaço...
É uma quantidade de desilusão
Que se me entranha na espécie de pensar,
E um domingo às avessas
Do sentimento,
Um feriado passado no abismo...
Não, cansaço não é...
É eu estar existindo
E também o mundo,
Com tudo aquilo que contém,
Como tudo aquilo que nele se desdobra
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.
É uma sensação abstracta
Da vida concreta —
Qualquer coisa como um grito
Por dar..."
Hoje estou com essa sensação abstracta, que sei que não é cansaço...
Estive a tentar escrever um post diferente mas quando já estava para desistir, encontrei estas palavras de Álvaro de Campos, que sem querer, tocaram na minha alma...
Parece que ali estavam à espera que eu as encontrasse...
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