20060911

O monge mordido...


Um monge e seus discípulos iam por uma estrada e, quando passavam por uma ponte, viram um escorpião sendo arrastado pelas águas. O monge correu pela margem do rio, meteu-se na água e tomou o bichinho na mão. Quando o trazia para fora do rio o escorpião o picou. Devido à dor, o monge deixou-o cair novamente no rio. Foi então à margem, pegou um ramo de árvore, voltou outra vez a correr pela margem, entrou no rio, resgatou o escorpião e o salvou. Em seguida, juntou-se aos seus discípulos na estrada. Eles haviam assistido à cena e o receberam perplexos e penalizados.

Mestre, o Senhor deve estar muito doente! Por que foi salvar esse bicho ruim e venenoso? Que se afogasse! Seria um a menos! Veja como ele respondeu à sua ajuda: picou a mão que o salvava! Não merecia sua compaixão!

O monge ouviu tranquilamente os comentários e respondeu: — Ele agiu conforme sua natureza e eu de acordo com a minha.


Por isso não adianta mudarmos a nossa maneira de agir só porque os que nos rodeiam não nos agradecem ou não nos fazem bem. Há que marcar a diferença, pelo lado positivo, claro!
E independentemente do comportamento que os outros têm para connosco, devemos ser fiéis a nós mesmos...

3 comentários:

Espanhol disse...

é exactamente por isso que eu continuo igual a mim próprio... =P
hei-de ser sempre fiel a mim próprio...

Anónimo disse...

Apesar de essa ser uma caracteristica dos escorpiões, são fiéis aos amigos e àqueles que estão com eles. O termo "picar" é curioso porque os escorpiões só picam porque se sentem ameaçados e tal como o texto diz:"agiu conforme a sua natureza".

Não importa a atitude, importa é a maneira como se age perante os que nos rodeiam, quer pelo lado positivo, ou não! Continuando a sermos fiéis a nós próprios.

Anónimo disse...

Maninha, já por várias vezes tentei explicar sem sucesso aquilo que esta fábula conta. Está extraordinária, depois do extraordinário 2 em 1 do "assim mesmo" este é o meu segundo favorito. Jocas

JP