20060924

Brinquedo



Foi um sonho que eu tive.
Era uma grande estrela de papel,
Um cordel
E um menino de bibe.

O menino tinha lançado a estrela
Com ar de quem semeia uma ilusão;
E a estrela ia subindo, azul e amarela,
Presa pelo cordel à sua mão.

Mas tão alto subiu
Que deixou de ser estrela de papel,
E o menino ao vê-la assim sorriu
E cortou-lhe o cordel.

Este poema, se não estou em erro, é de Eugénio de Andrade.
Eu acho-o magnífico... Deixa-me sempre sem palavras...

4 comentários:

Espanhol disse...

Não! O poema não é de Eugénio de Andrade, o poema é de Miguel Torga. Achas bem estares a enganar o pessoal?! Ai ai... Estas enfermeiras de Évora...

Este poema é fantástico, pois revela que nós podemos realizar qualquer feito, por mais extraordinário que possa parecer... O importante é "lançarmos a estrela", pois se não a lançarmos nunca poderemos saber se era ou não apenas uma "estrela de papel"... É preciso não ter receio de lançar a estrela e ter a confiança de que não é apenas uma estrela de papel...

"Deixa-me sempre sem palavras"... Este poema deixa qualquer um sem palavras... Eu acho que este poema não tenciona que tenhamos alguma palavra ao lê-lo, ele apenas requer que a partir do momento em que o lemos que ajamos, que não fiquemos parados a ver os nossos sonhos a evaporarem-se...


Beijos para a (futura) enfermeira mais bonita que conheço de Évora

Anónimo disse...

Corta o cordel, sorri, e deixa a tua estrela de papel brilhar bem lá no alto...

Mónica disse...

sabes knts vezes ja me disses-te este poema...olha..ja nem sei ve la..mas continuo a gostar de ouvir /ler...=) ***

Anónimo disse...

Hooo maninha conhecemos esse poema muito bem. Não estou de acordo com a explicação do Espanhol mas na poesia todas as explicações são válidas se forem a voz da nossa alma.
Da primeira vez que me leste esse poema eu chorei, fiquei mesmo emocionado. Mais tarde copiei-o para aquela capa onde guardava as folhas das aulas na Faculdade.
Miguel Torga revivido.
Jocas
JP